segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Reunião Ordinária do Executivo de 16 de Fevereiro de 2009.

Faltou o Sr. Vereador Pedro Pisco dos Santos do PSD.

PS CHUMBA TODAS AS MEDIDAS SOCIAIS E DE RELANÇAMENTO DA ECONOMIA LOCAL PROPOSTAS

PAOD

0 – Falta de água em Paço dos Negros

Quero notar que recebi informações que, desde sexta-feira, parte da população de Paço dos Negros esteve sem água nas torneiras. Este acontecimento é recorrente naquele lugar e causa muito mau estar entre os munícipes. É um assunto que deve ser encarado com seriedade.

Os pontos que vou abordar de seguida têm a ver com a inusitada pressão ilegítima que tem sido feita sobre o meu trabalho enquanto Vereador da Câmara Municipal de Almeirim pelo sr. Presidente da Câmara.

1 – Apoio Jurídico.

Dado que não estarei presente na discussão do ponto 4 da OT desta reunião, por estar impedido, quero prestar alguns esclarecimentos:
Publicou “O Mirante” a 6 de Fevereiro:
“O consultor jurídico da Câmara de Almeirim considera num parecer que o vereador Francisco Maurício, eleito pelo PS mas incompatibilizado com o presidente da autarquia, não tem direito ao apoio judiciário no processo que moveu contra o próprio município. O vereador requereu à câmara o pagamento de 2668 euros de custos com advogado e despesas de tribunal ao abrigo do Estatuto dos Eleitos Locais. Mas o jurista Vítor Batista realça que a acção para suspender a decisão do executivo de permitir a construção de um estabelecimento prisional no concelho, foi interposta pelo vereador na qualidade de cidadão e não na qualidade de vereador.”
Mas o que é isto? Então vai distribuir um parecer aos órgãos de comunicação social e não dá conhecimento ao principal interessado?
Soube pelos jornais da existência do parecer e da antecipada deliberação do Executivo. Suponho que nem os seus colaboradores mais próximos tenha informado, como é hábito.
A propósito recordo aos meus colegas vereadores com pelouros que registarei a sua posição neste caso. Há limites para tudo Senhores Vereadores.
Aos Senhores Vereadores da CDU e do PSD quero agradecer o apoio demonstrado e sugiro que não participem na deliberação cujo resultado já vem nos jornais.
A coacção financeira é uma forma vergonhosa de pretender condicionar o meu papel de autarca.
Avisei-o, em reunião de Câmara que não aceitaria nenhum parecer do advogado da Câmara - por motivos óbvios - e que, no mínimo, aceitaria a decisão da IGAL, aliás a quem Vª Exª anunciou publicamente que iria solicitar o parecer, o que não cumpriu como é normal.
Sobre este assunto foi agora distribuído um “dito parecer” do senhor Dr. Vítor Batista, que única e exclusivamente tem por objectivo pretender não considerar a minha legitimidade activa como vereador no exercício das minhas funções de pôr em causa as deliberações da Câmara Municipal, isto é omitindo que, como vereador, no exercício efectivo das minhas funções na Câmara Municipal gozo de legitimidade activa para instaurar acção administrativa especial que tenha por objecto, por um lado deliberação da edilidade de que o faço parte e que haja emitido pronúncia que alegadamente viole os chamados “direitos orgânicos ou estatutários” ou, por outro, omissão que viole igualmente aquele estatuto.

O que torna gravíssimo o constante deste “pseudo-parecer” é que esta situação refere-se ao processo 1518/08.2BELRA, processo cautelar sobre as deliberações da Câmara Municipal de 22 de Setembro de 2008 e 6 de Outubro de 2008, (tendo também sido promovida a Acção Administrativa Especial para declaração de nulidade das deliberações em causa tomadas nestas reuniões referidas) que certamente é do conhecimento do senhor Dr. Vítor Batista e do senhor presidente e vereadores que o apoiam, mas não será dos restantes vereadores e por isso distribuo agora um exemplar para a senhora vereador Manuela Cunha e para o senhor vereador Dr. Pedro Pisco.
Registe-se, em acta, que mais uma vez o senhor presidente da câmara violou o nº 4 do artº 68º da Lei 169/99 de 18 de Setembro, com as alterações da Lei 5-A/2002 de 1 de Novembro; pois não nos prestou qualquer Informação sobre os processos judiciais pendentes e estado actualizado dos mesmos.
Pelo menos podia ter distribuído esta sentença, já que a minha pretensão foi julgada improcedente, sendo recusado a providência cautelar, e já foi em 24 de Janeiro de 2009 e certamente o advogado foi notificado desta decisão.
Por isso acho estranho que não o tenha feito … ou talvez não.
Assim todos ficamos a saber que há razões para que o senhor presidente o tenha feito, violou o normativo legal, o que faz reiteradamente, aliás penso propô-lo para o “Guiness Book”.

1º- Devo desde já dizer que o advogado do senhor presidente senhor Dr. Montalvo, na sua contestação nunca suscitou a minha legitimidade de vereador de promover a respectiva acção, ao contrário do que agora pretende o senhor Dr.Vítor Batista.

2º- Logo na primeira página da sentença o Excelentíssimo Juíz do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria, não confundir com o Ministério Público junto deste Tribunal, “coisa” que como se sabe é muito do agrado do senhor presidente, dá a resposta a esta questão:

…. veio Francisco Manuel Maurício do Rosário, vereador da Câmara Municipal de Almeirim….

Isto é, o Excelentíssimo Juíz do Tribunal Administrativo e Fiscal já se pronunciou sobre a minha legitimidade, facto que não foi contestado pelo Advogado senhor Dr. Montalvo, advogado do senhor presidente.

Por isso é completamente falso o afirmado pelo senhor Dr. Vítor Batista de que …” foi na qualidade de cidadão que o autor, o Sr. Vereador Francisco Maurício, demandou o Município”
O senhor Dr. Vítor Batista, também omitiu que no processo está junto uma declaração, da Câmara Municipal de Almeirim em como desempenho funções de vereador nesta Câmara Municipal.

Considero por isso existir aqui um claro propósito malicioso, ou seja, com má fé material, pretender convencer de um facto ou de uma pretensão que sabe ser ilegítima, distorcendo a realidade que por si tem de ser conhecida, tentando deste modo pôr em causa o meu bom nome e honra pessoal, profissional e politica.

Mas também o senhor presidente não deu conhecimento desta decisão, como era seu dever, porque ele sabe, que na página 4 a 6 (III FUNDAMENTAÇÃO 1-Factos Provados), a razão e fundamentação para o pedido de declaração de nulidade da decisão sobre a proposta de suspensão do PDM, já se encontram sumariamente provado esses factos. Por isso a calma com que aguardo serenamente a decisão final do Tribunal, porque acredito que estamos num Estado de Direito, em que “Todos os cidadãos, sem excepção, sem que a sua condição de vereador importe uma diminuição dos seus direitos civis e políticos pois tal condicionamento significaria uma violação do principio da igualdade plasmado no artigo 13º da CRP: “Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual”.
O senhor consultor jurídico devia “conhecer” que os vereadores duma câmara municipal que hajam visto seu estatuto ofendido por acto ou omissão do presidente da edilidade ou por deliberação da mesma câmara gozam de legitimidade activa para fazerem tutelar seus direitos e repor a legalidade administrativa através do recurso a acção administrativa especial instaurada nos termos do artigo 55º nº1 alínea a) do CPTA em decorrência dos artigos 20º e 268º da CRP. Mas pelos vistos “omitiu” esta situação.
Note-se, ainda, que caso o vereador não concorde com a deliberação em crise, contra a mesma poderá votar, explicitando o seu sentido de voto, e com tal atitude fica isento de responsabilidade que eventualmente decorra daquela deliberação (cfr. arts. 28.º, n.º 2 do CPA e 93.º, n.º 3 da Lei Quadro de Competências e Regime Jurídico de Funcionamento dos órgãos dos Municípios e das Freguesias - Lei n.º 169/99, de 18/09, alterada pela Lei n.º 5-A/02, de 11/01).
Como se torna claro foi dado cumprimento ao previsto legalmente para poder beneficiar nos termos da alínea o) do n.º 1 do artigo 5.º e artigo 21.º do Estatuto dos Eleitos Locais, do respectivo apoio judicial neste processo judicial, dado que o mesmo teve como causa o exercício das respectivas funções, e nas reuniões referidas foram violados os seus "direitos orgânicos ou estatutários" ou, por outro, verificou-se a omissão que violou igualmente aquele seu estatuto de vereador
Finalmente considerando que o n.º 4 do art. 14.º do CPA traduz um claro reforço da posição do presidente como garante da regularidade e legalidade das deliberações colegiais, fazendo parte da função presidencial o poder-dever de “assegurar o cumprimento das leis e regularidade das deliberações” (cfr. n.º 2 do art. 14.º do CPA), poder esse que se traduz em deveres específicos como, por exemplo, o de verificação da competência do órgão para se pronunciar sobre certos assuntos (cfr. n.º 1 do art. 18.º daquele Código), ou de “assegurar o cumprimento das leis e a regularidade das deliberações” (alínea q) do nº1 do artº 68º - Lei n.º 169/99, de 18/09, alterada pela Lei n.º 5-A/02, de 11/01).
Solicito que este ponto da Ordem de Trabalho seja aprovado por minuta, de modo a que possa remeter o mesmo ao Excelentíssimo Juiz do Tribunal Administrativo de Leiria dado esta situação se poder tipificar como uma clara intimidação, com intuito de me atemorizar e diminuir a minha acção e determinação de prosseguir as exigências de cumprimento da Lei em defesa do interesse dos cidadãos do meu concelho.

2 – Processo 28/08.2TAALR

Já agora questiono Vª Exª da existência de algum parecer que tenha sustentado a sua decisão de me mandar pagar a Taxa de Justiça, no valor de 192,00 €, respeitante ao Processo 28/08.2TAALR (constituição como assistente, apresentação de requerimento e constituição de advogado)?

Este processo diz respeito à violação e divulgação criminosa da minha correspondência pessoal, enquanto Vereador desta Autarquia.

3 – Processo NUIPC Nº 28/08.2tAALR

Na continuação da investida deste presidente da Câmara contra a minha liberdade e os meus direitos enquanto autarca, informo os meus colegas que fui constituído Arguido e foi-me fixado o Termo de Identidade e Residência, no dia 5 de Fevereiro, em processo intentado contra mim, pelo sr. Presidente da Câmara, pela utilização de linguagem difamatória utilizada contra si nas Reuniões de Câmara.
São testemunhas desse “vil e criminoso” acto os meus colegas, Senhores Vereadores Pedro Ribeiro e José Carlos e constituem provas as Actas da Câmara e alguns trechos do meu Blogue.

É advogado da Autarquia o Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia de Almeirim, Dr. Joaquim Miguel dos Santos Pisco, o que é no mínimo estranho ou eventualmente ilegal, mas seguramente inapropriado.

Bem, já vou a julgamento dia 25 deste mês por atentar contra o bom nome da sua Chefe em despacho do Júri de um concurso, se tiver que ir a julgamento também por isto, começo a questionar-me quanto à minha importância que, julgava menor. Não me acho digno de tanto obséquio.

Será que tenho direito a apoio jurídico neste processo ou as minhas intervenções são pessoais. Vá preparando mais um parecer adequado a esta situação sr. presidente.

Estas manobras não resultam comigo Sr. Presidente, dão-me até mais força para combater a sua nefasta permanência à frente dos destinos da minha terra.

É o que farei até ao fim, pode acreditar que é verdade.

4 – Despacho de arquivamento do TAFL

Na senda da investida contra o meu trabalho, fez o sr. Presidente chegar ao jornal “O Ribatejo” um despacho de arquivamento do TAFL sobre a inexecução das sete sentenças transitadas em julgado pelo TAF de Coimbra, em relação às irregularidades urbanísticas cometidas.

O jornal “O Ribatejo” publicou a notícia, suponho que com boa fé, mas cometeu algumas imprecisões que pretendo esclarecer.

In “O Ribatejo”

“O Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria (TAFL) arquivou uma queixa contra o presidente da Câmara Municipal de Almeirim, José Sousa Gomes, interposta pelo vereador independente Francisco Maurício. O processo referia-se ao não cumprimento de três sentenças judiciais transitadas em julgado em relação a várias irregularidades urbanísticas detectadas em sete prédios construídos em Almeirim, e cujos acórdãos do tribunal davam os licenciamentos como nulos.
Face a esta exposição, o TAFL considera que a Câmara de Almeirim teve razões sólidas para não dar cumprimento às sentenças transitadas em julgado no Tribunal de Coimbra, com "causa legítima de inexecução", mandando arquivar a queixa.”


Ora, é necessário esclarecer que:

a - Não corresponde à verdade que algum Tribunal do nosso País tenha arquivado qualquer queixa minha contra o Presidente da Câmara, do mesmo modo não corresponde à verdade que eu tenha apresentado qualquer queixa do Presidente da Câmara ao TRIBUNAL.

b - A noticia refere-se ao caso da “situação de desobediência de inexecução de decisões judiciais, transitadas em julgado do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, ilegalidade cometida pelo presidente da Câmara Municipal de Almeirim, agindo premeditadamente e com pleno conhecimento da lei”, e que o Tribunal de Coimbra, “procedeu à extracção de cópias certificadas que remeteu” ao Ministério Público junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria, e ao Ministério Público junto do Tribunal Judicial de Almeirim, por serem estes os Tribunais competentes.

c - Não posso deixar de notar, por ter sido, por lapso certamente, omitido de que, “haviam sido legalizadas as obras ilegais por despacho do presidente da câmara de 21 de Janeiro de 2004”, mas as “sentenças são de 31 de Maio de 2006, 31 de Outubro de 2007, de 10 de Setembro de 2007” e o parecer jurídico apresentado pelo senhor presidente da câmara é de Dezembro de 2008.
Não se compreende como é que o Tribunal condenou em sentença transitada em julgado, obras que “segundo afirmação do senhor presidente da câmara já haviam sido legalizadas em 2004”.
Pretende o sr Presidente consubstanciar legalmente os “despachos de 2004 com um parecer de Dezembro de 2008?
Questiona-se qual foi a razão que levou a que o senhor presidente da Câmara não tivesse apresentado o respectivo recurso e que este não lhe tenha sido favorável.
Parece-me, como diz o Povo que “aqui não bate a bota com a perdigota”.

d - Também me parece “estranho” que nada seja dito sobre as restantes situações nem seja referida a decisão final do Ministério Público “para eventual acção de declaração de nulidade dos despachos em causa extraia cópia dos elementos que lhe indico, constantes dos processos acima aludidos, envolvendo estes a CM de Almeirim”.

Já agora deixe-me perguntar-lhe sr. presidente, acha Vª Exª que tendo agido com dolo em todo este processo deveria ter tido, como teve, apoio jurídico pago pela autarquia. Parece-me que não.

Ordem de Trabalhos:

3 - Apreciação e votação do Relatório do Júri de Análise para definição da intenção de adjudicação do fornecimento de refeições;

Votação: Aprovado por maioria com 4 votos a favor e dois votos contra e de vencido da CDU e do Vereador Francisco Maurício.

Fiz a seguinte declaração de voto:

Nesta altura do ano lectivo, estar a discutir a Intenção de Adjudicação do fornecimento das refeições escolares é, no mínimo ridículo.
Mais um concurso, mais uma trapalhada.
Note-se que a Solnutri, agora reclamante, é a empresa com quem foi estabelecido um ajuste directo em 12 de Setembro de 2008 pelo preço de 1,47 € por refeição/criança. Na sua proposta a concurso apresenta um preço de 1,27 € por criança e mesmo assim ficou em último lugar no concurso. Ora, 0,20 € em 91200 refeições são 18.259,00 €, é muito dinheiro. Este dinheiro poderia e deveria ser utilizado em coisas bem mais importantes para o município, no mínimo foi um péssimo negócio.

Por tudo isto voto contra e faço voto de vencido nesta decisão e recomendo que os concursos sejam lançados atempadamente. Salvo erro vai ser necessário concursar as Actividades de Enriquecimento Curricular para o próximo ano. Porque não começar a tratar já desse assunto?


4 - Apreciação e votação do requerimento apresentado pelo Sr. Dr. Vítor Figueiredo para cobrança de despesas e adiantamento por conta de honorários em representação do Sr. Vereador Francisco Manuel Maurício do Rosário (parecer do Dr. Vítor Batista);

Não estive presente na sala de reuniões durante este ponto que acabou por ser retirado da OT, a fim de estar presente o Dr. Vítor Batista.

5 - Apreciação e votação do Relatório de Análise e Adjudicação Definitiva da empreitada de construção do Centro Escolar de Almeirim;

Votação: Aprovado por maioria com 5 votos a favor, 4 do PS e do Vereador Francisco Maurício e a abstenção da CDU a intenção de Adjudicação do Centro Escolar de Almeirim a José Manuel Silva Fidalgo pelo valor de 1.846.438,50 €.

6 - Apreciação e aprovação da minuta do contrato do 3.º troço da Circular Urbana entre a EN 114 e a Estrada de Vale Barrocas;

Votação: Aprovado por maioria com 5 votos a favor, 4 do PS e do Vereador Francisco Maurício e a abstenção da CDU.

7 - Apreciação e votação da proposta de atribuição da medalha de Honra do Município pelo aniversário dos 75 anos do UFCA;

Votação: Aprovado unanimidade.

8 - Apreciação e votação da delegação de competências na CIMLT no tocante à inspecção de elevadores;

Votação: Aprovado unanimidade.

9 - Apreciação e votação da proposta de "Medidas Sociais e de Relançamento da Economia Local";

Sou dos que acredita que esta crise instalada é passageira, mas sou dos que acreditam que uma nova ordem mundial surgirá a partir daqui. Nada ficará igual.
Não poderei, como a avestruz esconder a cabeça na areia, nem eu nem ninguém.
Entendo que o Executivo do meu município não poderá ficar indiferente à crise já instalada, acho até que deveria ter sido o Presidente da Câmara a tomar a iniciativa de convocar uma reunião, expressamente para o efeito, mas enfim são critérios, preferiu nesta altura mandar fazer uma brochura cara e de mau gosto, auto elogiando a sua “actividade” recente. Iniciou a campanha eleitoral muito cedo e à custa dos contribuintes, numa fase em que deveria ter canalizado as energias e o dinheiro noutras coisas, bem mais importantes para o Concelho.

Para que fique bem claro, inicio a minha explicação afirmando claramente que esta proposta que apresento de um conjunto de medidas sociais e de relançamento da economia do nosso concelho, trata-se de uma investimento, porque dinamiza a economia, e pretende satisfazer as necessidades básicas dos cidadãos e das famílias e não de uma despesa.
Não desistiremos do rigor, da transparência e da legalidade na apresentação de propostas com as quais pretendemos defender o interesse dos cidadãos de Almeirim.

Pese embora o facto de existirem algumas dificuldades em obter dados contabilísticos dos serviços, estas propostas obrigam a uma redução de despesas, constantes no Orçamento para 2009 de cerca de 1,5 milhões de euros,

Assim:

•Propõe-se uma redução nas “despesas de representação” de 15 mil euros, num total de 46 mil e trezentos euros;
•Propõe uma redução de 40 mil euros na “publicidade” dum total de 90 mil euros
•Propõe-se uma redução de trabalho extraordinário de 25 mil euros, num total de 75 mil euros;
•Propõe-se uma redução nas “ajudas de custo” de 5 mil euros, num total de 20 500 euros;
•Propõe-se uma redução de 103.500 euros na “colaboração técnica especializada, estudos e pareceres e outros trabalhos especializados, dum total de 267 500 euros;
•Propõe-se uma redução de 50.000 euros nas “matérias Primas e Subsidiárias”, num total de 322.500 euros;
•Propõe-se uma redução dos gastos com gasóleo de 30 mil euros, dum total de 220 mil euros;
•Propõe-se uma redução das despesas em prémios e condecorações de 15 mil euros, num total de 47 500 euros;
•Propõe uma redução nas comunicações de 25 mil euros, dum total de 103 mil euros;
•Propõe-se uma redução nos transportes de 30 mil euros, dum total de 253 mil euros;
•Propõe-se uma redução na rubrica Outros Serviços” de 250 mil euros, dum total de 1. 123.250, 00 euros;
•Propõe a redução do total da despesa com a rubrica “ resto do Mundo” de 100.400 euros;
•Propõe-se uma redução na rubrica “outros bens” de 30 mil euros, dum total de 132 mil euros.

Em resumo propomos uma redução de despesas de cerca de 718.000 €.

•Propõe depois também uma redução das despesas com as diversas festas de cerca de 155 mil euros dum total de 315 mil euros
•Propõe-se uma redução na rubrica “matérias-primas” de 50 mil euros, num total 322.500 euros;
•Propõe a anulação das câmaras de vídeo-vigilância de 40 mil euros
•Propõe-se uma regularização das verbas atribuídas a:

Arranjos urbanísticos
Requalificação Praça Lourenço Carvalho
Requalificação Estádio Municipal

No valor de 350 mil euros dum total de 2 670 mil euros

E da consulta ao folheto de “PROPAGANDA” distribuído pelo senhor presidente da câmara podemos constatar que as obras abaixo designadas já tinham mudado do valor que havia sido orçamentado:

Rede de saneamento de Paço dos Negros: - 329.572,83 €
Rede de saneamento de Foros de Benfica: - 394.267,70 €
Estação elevatória de S. Roque: - 42.661,07 €
Estação elevatória do Largo General Guerra: - 66.458,71 €

Total: - 832.960,31 €

O que permite a redistribuição de cerca de 832 960 euros

Temos aqui uma verba de cerca de 1,5 milhões de euros, verba mais do que suficientes para cobrir uma eventual perda de receitas e novas despesas.
Diga-se também que com o relançamento da actividade económica, há também uma tendência para aumentar as receitas municipais.

MEDIDAS SOCIAIS E DE RELANÇAMENTO DA ECONOMIA LOCAL

FRANCISCO MANUEL MAURÍCIO DO ROSÁRIO, portador do B.I. nº 2026036 (A.I. de Santarém), residente na Rua António Sérgio, nº 22 - A, 1º Esqº, 2080-062, em Almeirim, e vereador em efectividade de funções na Câmara Municipal de Almeirim, vem de acordo com o nº 2 do artº 87º da Lei 169/99 de 18 de Setembro, alterada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, fazer chegar para a respectiva distribuição a referida proposta de revisão/alteração do Plano de Actividades e do respectivo Orçamento para 2009, de acordo com as competências previstas na alínea c) e d) do nº 2 do artº 64º da Lei 169/99 de 18 de Setembro, alterada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro.

Entendemos que a função de um autarca é o de prestar um serviço de proximidade, de qualidade, com rigor e capaz de dar uma resposta às necessidades básicas das populações. Todos nós sabemos que o Governo decidiu lançar um “pacote de medidas anti-crise” perante a grave crise económica, que atinge não só o nosso País, mas que tende a generalizar-se.

Consideramos, sem dúvida, que estamos no meio de uma crise sem procedentes, por isso temos o dever de reflectir de qual é ou pode ser o contributo da autarquia para a minimização da crise instalada, reduzindo os encargos das pequenas e médias empresas e dos nossos cidadãos em geral e recorrendo a meios para dinamizar a economia no Concelho.

Consideramos também que, para além do acompanhamento social que a Autarquia tem o dever de desenvolver para ajudar a população, tanto mais que já existem no nosso Concelho algumas famílias que não compram medicamentos mais caros por não conseguirem pagá-los, são situações de vulnerabilidade, que têm de ter uma resposta imediata, não deixando de defender uma elevada exigência e rigor na avaliação dessas situações, temos a obrigação e a responsabilidade de não virar as costas aos problemas, no disfarçar da existência dos mesmos.

Consideramos também que terá, também, que haver uma maior preocupação junto das escolas e cooperação dos respectivos professores para que sejam sinalizados eventuais comportamentos de crianças aliados a perda de rendimentos das famílias para que a autarquia possa agir de imediato, através da acção social escolar, dentro das suas competências, nomeadamente com reforço alimentar e aquisição de material escolar.

Entendemos que não podemos ignorar os problemas.

Com esta proposta, no âmbito das responsabilidades dos autarcas, na apresentação de soluções claras de benefício dos mais desfavorecidos e das empresas com actividade no Concelho, pretendemos alavancar um conjunto de medidas de combate à recessão económica, para a qual esperamos os contributos de todos, pois o problema não é meu, é nosso.

Na elaboração, destas medidas, foram consideradas as consequências de um conjunto de medidas tomadas em função da situação económica, de modo a “minorar o impacto da crise” tendo como preocupações as famílias, nomeadamente as famílias idosas, os jovens casais com encargos de habitação própria e filhos em idade escolar, as empresas e o emprego com incidência na dinamização da economia no Concelho.

Propostas:

1.Proponho, no âmbito da Acção Social, o levantamento de todas as situações que envolvem os idosos existentes no Concelho, não só com o objectivo de aumentar a eficácia dos apoios, mas também para a prestação de auxilio, nomeadamente necessidades de cuidados continuados de saúde, comparticipação nos medicamentos e entrega de refeições ao domicilio dos idosos mais carenciados, bem como suportar os custos de pequenas reparações ou avarias em habitações onde residam;

2.Proponho o desenvolvimento e apoio a projectos e acções que atenuem o isolamento e a solidão da população idosa como uma das prioridades do Município nesta área, em especial com as iniciativas de cooperação e parceria com as Instituições de Solidariedade Social, actores preponderantes do sector e promotores de actividades muito importantes para o bem-estar social da população e para o desenvolvimento sócio-económico local;

3.Proponho, para vigorar em 2009, o estudo da viabilidade de um prolongamento de horário gratuito para as famílias nos estabelecimentos de ensino pré-escolar público;

4.Proponho, para vigorar em 2009, a isenção de pagamento aos alunos residentes no Concelho de Almeirim dos respectivos passes sociais de transporte colectivo;

5.Proponho, para vigorar em 2009, que as verbas provenientes da liquidação da derrama sejam investidas nas freguesias em meios de dinamização do desporto e cultura;

6.Proponho a criação de uma Unidade Móvel de Saúde para percorrer todas as localidades do concelho, realizando rastreios da glicemia, tensão arterial e peso, prestando cuidados básicos de enfermagem e sensibilizando para estilos de vida saudáveis.

7.Proponho o alargamento do acesso gratuito à Banda Larga, aumentando os espaços públicos, não só na cidade, mas em todas as Freguesias no sentido de garantir igualdade de oportunidades para aceder a um bem que e se transformou de primeira necessidade e que contribui para a inclusão social, dando-se de imediato prioridade ao Jardins Municipais, à zona dos equipamentos desportivos e escolares, considerando que o acesso à Banda em todo o território municipal é um objectivo a alcançar no mais curto espaço de tempo.

8.Regulamento Municipal da Urbanização e Edificação de Almeirim:

Considerando o elevado número de construtores civis sediados em Almeirim e os inúmeros operários da construção civil do Concelho que, por motivos de falta de trabalho têm sido obrigados a procurar trabalho no estrangeiro, a fim de impulsionar, a curto prazo, novas obras ou de requalificação no sector, proponho que até final de 2009, as taxas, em vigor, constantes da Tabela Anexa ao Regulamento Municipal da Urbanização e Edificação de Almeirim sejam reduzidas em 50%.

9.Proponho, para vigorar em 2009, a isenção de taxas na construção de casa própria para jovens e jovens casais até aos 35 anos;

10.Proponho, para vigorar em 2009, a isenção de taxas de edificação às empresas e aos construtores individuais, desde que criem um mínimo de cinco postos de trabalho, com residência fiscal no Concelho;

11.Liquidação das dividas aos fornecedores.

A fim de injectar, rapidamente, verbas na economia local, proponho a Liquidação das dívidas aos fornecedores em 31 de Dezembro de 2008 (cerca de 850.000,00 €), com o pagamento imediato de todas até cinco mil euros e o escalonamento do pagamento das restantes até final de 2009;


12.Proponho que todos os contratos por Ajuste Directo, passem a ser firmados apenas e só com empresas ou entidades que desenvolvam a sua actividade no Concelho de Almeirim e nela tenham a sua residência fiscal.

13.Proponho que, em 2009, seja suspenso o pagamento das taxas relativas a licenças municipais de toda a publicidade, da ocupação de espaços aéreo e da via pública, dos estabelecimentos comerciais, como estimulo e revitalização do pequeno comércio;

14.Proponho que, em 2009, não haja actualizações de preços na água, saneamento e lixos e que os proprietários de estabelecimentos de comércio com um volume de negócios inferior a 150.000,00 € sejam equiparados aos consumidores domésticos (a receita cobrada ao comércio e à indústria em 2008 ronda os 240.000,00 €).

15.Proponho que se tomem medidas que visem a conclusão urgente do processo de revisão do Plano Director Municipal (PDM), que neste contexto pode assumir como uma prioridade fundamental, num contributo para ajudar a ultrapassar algumas das vicissitudes que a crise económica poderá trazer, vicissitudes aquelas que resultam da inadaptação do actual regulamento administrativo constituído pelo PDM, e perspectivar o futuro num instrumento de ordenamento do Município.

Depois da minha apresentação e defesa da proposta, entendeu o Sr. Presidente não dar qualquer importância a este ponto da OT, propondo imediatamente a sua votação.
A Srº Vereadora Manuela Cunha propôs que se votasse em primeiro lugar as alterações orçamentais e em seguida as propostas, ponto por ponto. Respondi que a proposta era aberta à discussão e que aceitaria propostas de alteração ou novas medidas que se mostrassem adequadas à crise que vivemos. Não houve qualquer posição por parte dos outros vereadores, tendo o presidente ordenado a votação:

Votação das alterações orçamentais: Reprovada por maioria com os votos contra do PS e o voto favorável da CDU e do vereador Francisco Maurício.

Fiz a seguinte declaração de voto: Voto a favor da revisão orçamental que permitiria tomar medidas de apoio e de incentivo à população e às empresas do Concelho. Noto que a posição do Presidente da Câmara e de quem o apoia é clara em relação às necessidades do Concelho e porque não ao país a que pertencem.

Passou-se de imediato à votação em bloco – por imposição do presidente – das 15 propostas que apresentei, tendo sido Reprovada por maioria com os votos contra do PS, o voto favorável do vereador Francisco Maurício e a abstenção da CDU.

Fiz a seguinte declaração de voto: Voto, obviamente, a favor, no entanto não entendo a recusa em discuti-las, por parte do presidente e vereadores que o apoiam e lamento a falta de seriedade e de honestidade intelectual posta nesta matéria, quanto a mim de grande importância para o nosso Concelho. Para o presidente da câmara e vereadores que o apoiam é assunto que não mereceu nenhuma migalha do seu precioso tempo. É lamentável que um grupo de cidadãos de Almeirim tenha esta atitude.

10 - Apreciação do projecto do monumento aos mortos da guerra, definição do lugar;

Foi aprovado consensualmente o monumento que consta da estilização de uma baioneta com cerca de 4 metros de altura, com um texto de homenagem a todos os que lutaram nas guerras e tendo na base a listagem dos mortos da guerra do Ultramar.

Localizações propostas, mas não decidida: Praça Francisco Henriques, em frente ao salão Moinho de Vento, Charquinhos, junto à Casa do Povo e Parque da Zona Norte, entre o Parque Radical e a Rotunda)

11 - Apreciação da proposta de protocolo a celebrar com a Escola Superior de Gestão, "Europe Direct";

Votação: Aprovada por unanimidade.

12 - Apreciação de eventual ajuda para alunos se deslocarem a França;

Retirado da OT pela Srª Vereadora Joana Vidinha.

13 - Apresentação e votação da proposta de colaboração entre o Município de Almeirim e o Pingo Doce;

Votação: Aprovada por unanimidade.

15 - Aprovação de actas de reuniões anteriores.

Foram aprovadas as actas de 19 de Janeiro e de 2 de Fevereiro de 2009.

Adenda à Ordem de Trabalhos:

16 - Apreciação e votação da proposta de Regulamento dos Sistemas Públicos e Prediais de distribuição de água e de drenagem de águas residuais.

Votação: Proposta aprovada por maioria com 4 votos a favor do PS e os Votos Contra e de Vencido da CDU e do Vereador Francisco Maurício.

Voto Contra e Faço voto de vencido, em consonância com as minhas posições anteriores, no que às Águas do Ribatejo diz respeito.

Tem sido evidente o empobrecimento e o esvaziamento progressivo deste projecto que consagra a separação prática e pouco salutar entre as Câmaras a Norte e a Sul do Tejo.
Interrogo-me quanto à razão política e estratégica para a opção por uma empresa intermunicipal, quando todos sabemos que a “aposta” mais “acertada” e que melhor defende o interesse público municipal, isto é o interesse dos cidadãos seria uma parceria público – privada (detentores de estruturas técnicas de gestão competentes) que são “estimuladas” e apoiadas e permite aos Municípios desenvolver todos os investimentos projectados e ainda ser recebedores de uma renda pela utilização dos bens públicos concessionados.

Não foi feito o estudo/diagnóstico da situação actual o que origina uma completa ausência de estratégia e planeamento acertado em relação à prioridade dos projectos a levar a cabo.

Não foram indicados os projectos a ser financiados e garantidos pelo investimento que irão ser incluídos de modo a que a população de Almeirim não venha a ser um contribuinte líquido e pagador dos interesses dos outros Municípios?

Como vai ser a estrutura do quadro de pessoal e a que regras vai obedecer a estrutura organizacional?

Aumentos do preço da água. Se o projecto anterior das Águas do Ribatejo já iria ter um elevado impacto nos aumentos dos preços da água, do saneamento e respectivos serviços, em Almeirim os preços agora propostos agravam bastante mais essa situação, nomeadamente atingindo gravemente os mais necessitados e os reformados, isto é, os de menos posses.

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